
Portimão celebra a literatura com entrega do Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes
02-12-24
No âmbito do programa das comemorações oficiais do Dia da Cidade, a Biblioteca Municipal acolhe no próximo dia 4 de dezembro, a partir das 18h30, a cerimónia de entrega do Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes e apresentação das obras vencedoras da edição de 2024.
No ano em que se assinala o centenário da elevação de Portimão à categoria de cidade, o Município abriu o prémio à modalidade de novela, reafirmando o objetivo de estimular a criação literária e homenagear a vida e obra de Manuel Teixeira Gomes, ilustre escritor e antigo Presidente da República, cuja trajetória está intimamente ligada à cidade e à região do Algarve.
Com um valor pecuniário de 3500 euros e a edição de 300 exemplares, o 1.º prémio foi atribuído a Antímio Vieira Damião, que concorreu com a novela “A Missão de Póstumo”. O 2.º prémio, no valor de 1000 euros e com a edição de 300 exemplares, foi obtido por José Dias Santos Pires, autor de “Vento do Fim, Os Nós no Fio de Água”, enquanto o 3.º prémio, que prevê a edição de 150 exemplares, foi atribuído a Caléu Nilson Moraes, que escreveu “A Namorada Cubana”.
Apresentação das melhores novelas e seus autores
Antímio Vieira Damião é um autor reconhecido pela sua capacidade de explorar questões existenciais e sociais, usando narrativas densas e personagens marcantes.
O júri deste concurso literário destacou o seu estilo envolvente e perspicaz, narrando em “A Missão de Póstumo” a jornada introspetiva de um homem que tenta desvendar mistérios familiares enquanto lida com desafios do passado e um presente que o força a encarar dilemas morais profundos.
Quanto a José Dias Santos Pires, tem uma carreira literária consolidada, marcada pela sua habilidade em transformar cenários do quotidiano em narrativas poéticas e reflexivas.
Em “Vento do Fim, Os Nós no Fio de Água”, aborda a complexidade das relações humanas através de uma narrativa que se desenrola num pequeno vilarejo, onde os ventos e as águas fluem como metáforas para a passagem do tempo e os nós emocionais que unem e separam as personagens.
Por fim, Caléu Nilson Moraes é um jovem escritor de origem lusófona, com talento para criar narrativas vibrantes e culturalmente ricas e que apresentou uma obra onde reflete a sua paixão por histórias de viagem e exploração cultural.
Segundo o júri, a novela surpreende pelo “labirinto de digressões” assumido pelo narrador. Ao refletir sobre o próprio ato de escrever e a natureza da ficção, pode ser classificada como metaficção, mantendo um diálogo com a tradição literária e questionando os limites entre realidade e ficção. A intertextualidade é outra característica marcante, já que esta ficção estabelece relações com outras obras literárias, filosóficas e históricas, referências essas que enriquecem o texto e convidam o leitor a ligar diferentes universos narrativos.
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